“Queriam que eu jogasse com dor. Tomei 15 injeções e não levaram em consideração”, desabafa Wallace

Por Larissa Maciel


(Foto: Marcos Garcia)


O volante Wallace foi apresentado esse ano completamente aplaudido pelo torcedor. Identificado com o clube, sabia que ia ser uma das lideranças do time e contava com isso. Só não esperava que a temporada iria ganhar uma outra roupagem.


Essencial para os técnicos, hoje Wallace parece não ser essencial na visão da diretoria alvirrubra. Desde a lesão sofrida ainda sob o comando do técnico Barata, o jogador vem tentando retornar, mas sofre com a falta de reconhecimento. 


“Tudo começou por causa da minha lesão. A única que tive foi com o professor Barata, antes do jogo contra o América, se não me engano. Lesionei dois músculos diferentes na panturrilha. Logo em seguida, me pressionaram para voltar. O próprio presidente (Benjamim Machado) chegou a falar que eu teria que jogar com dor. Sendo que eu não estava aguentando nem andar. Tentei voltar a treinar, agravei a lesão, tomei umas 15 injeções e infiltrações e não levaram nada em consideração”, desabafou. 


Na hora do pagamento, o que já estava difícil, ficou pior. Wallace foi pego de surpresa com a redução do salário. 


“Chegou a hora do pagamento. Quando chegou em março, todos receberam, ele disse que ia depositar na minha conta. Ele depositou menos da metade. Eu falei, pô, presidente, tá errado. Mas ele alegou que eu só ia receber aquilo porque me machuquei. Ele me pagou menos da metade em fevereiro, em abril, relativo a março, me deu menos da metade de novo e depois não me pagou mais. Todo instante quis fazer acordo. Mandava mensagens e eles não me respondiam”, explicou. 


Quando tentava voltar forte para os gramados e ajudar o clube na temporada difícil, o dono da camisa 5 teve o respaldo de Everton Goiano, mas não teve da direção. De quebra, ainda sofreu um acidente.


“Continuei treinando, professor Everton Goiano chegou e disse três vezes que contava comigo. Respondi: tenho contrato, se o senhor quiser, eu vou jogar. Mas do jeito que está é difícil. E aí veio o acidente”. 


“No dia 12 de agosto no percurso do treino eu me acidentei. Também até hoje o presidente não me mandou uma mensagem pra saber se eu tô bem, se eu tô vivo. O clube em si não me ajudou em nada.Procurei meus direitos e acionei a justiça. O presidente ficou com raiva, mas tem cinco meses que não recebo. Ele só depositou recentemente R$ 500  pra mim. Não dá nem pra minha feira”, finalizou.


O que Wallace agora questiona judicialmente é porque o Potiguar não seguiu à risca o acordo feito no início da temporada relativo aos pagamentos e a falta de suporte na recuperação do acidente e alega ter provas. O alvirrubro, porém, está em silêncio. O blog tentou contato com a assessoria, que ainda não respondeu.


*Larissa Maciel é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), é mossoroense, repórter e apresentadora da TCM Telecom e 95 FM, crescida entre fãs de esporte, jornalista por vocação e analista de esporte por amor à esta área da profissão em específico. 

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