"Pico chegou e haverá queda", diz Fátima Bezerra
Ao conceder entrevista coletiva para atualização dados epidemiológicos e prestação de contas das ações do Governo no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, nesta quarta-feira, 24, a governadora Fátima Bezerra se solidarizou com as famílias que sofreram perdas para a Covid 19 e disse que a administração estadual optou por fortalecer a rede de leitos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). "Conseguimos instalar 390 novos leitos, entre críticos e clínicos e continuamos trabalhando para expandir mais leitos", informou.
A governadora disse que a prorrogação de medidas restritivas foi necessária. O adiamento do início da retomada das atividades econômicas segue recomendações do Comitê Científico de especialistas e dos Ministérios Público Estadual, Federal e do Trabalho. "Estamos chegando ao pico da pandemia e precisamos conter a propagação. No Brasil e no mundo vários estados e cidades que fizeram abertura tiveram que recuar e retomar as medidas restritivas", registrou.
Legenda: Fátima fez primeira aparição em coletiva (Foto: Demis Roussos) |
O questionamento judicial da prorrogação das medidas pelo setor produtivo é considerado normal pela chefe do Executivo estadual. "Nossa proposta de retomada das atividades econômicas foi apresentada pelo setor produtivo e é embasada no conhecimento científico. Espero que a Justiça mantenha a prorrogação até dia primeiro de julho como determina nosso decreto. Reconhecemos a necessidades do setor produtivo e do emprego, mas temos que cuidar da vida em primeiro lugar".
Fátima colocou que os esforços para mitigar a pandemia não devem ser só do Governo estadual, mas dos demais poderes e dos municípios, através de suas prefeituras. "É preciso cumprir os decretos e o Pacto pela Vida para conter a propagação do vírus, ampliar o isolamento social e reduzir a pressão por leitos para retomarmos as atividades econômicas e sociais. O momento ainda exige cautela, precisamos de união, solidariedade, e que a população compreenda. Não temos vacina ainda. Estamos há mais de 90 dias com medidas restritivas, que exigem sacrifícios, mas estamos perto de atravessar a fase mais aguda da pandemia. Por isso a necessidade de nos integrarmos ao Pacto pela Vida. O retorno às atividades normais depende do recuo da taxa de transmissibilidade e da ocupação de leitos críticos".