UERN avança na preservação da memória de Mossoró
O Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (NUDOPH/UERN) avançou no trabalho de preservação da memória de Mossoró.
Com a chegada de um Scanner importado da Alemanha, o NUDOPH está digitalizando as edições de O Mossoroense para posteriormente disponibilizar na internet.
O coordenador do NUDOPH, Prof. Dr Carlos Torcato, explica que além dos jornais há um trabalho feito para digitalizar processos judiciais do passado. “A UERN tem um grupo de pesquisa em história do crime, da polícia e das práticas de justiça. A gente não tinha nenhuma outra fonte além dos jornais aí precisamos entrar em contato com o judiciário e solicitamos o acesso à documentação”, frisou.
O juiz Breno Valério, coordenador do Fórum Desembargador Silveira Martins, atendeu a demanda e cedeu os primeiros arquivos que já servem para pesquisas como a realizada por Bruna Fernandes, do 7º período de história. Ela está estudando os crimes de defloramento praticados em Mossoró na década de 1950. “Já encontramos nove casos”, explicou.
Processo
Todo o projeto passa não só pela digitalização, mas pela manutenção do material com higienização. “Todo esse trabalho é feito com mão de obra voluntária de alunos e professores”, acrescentou.
Ao todo foram catalogados 42 inquéritos que estão sendo digitalizados independentemente do assunto. Até o fim do ano serão digitalizadas edições de O Mossoroense das décadas de 1950 e 60. “Mais para a frente também vamos digitalizar edições da Gazeta do Oeste”, acrescenta Torcato.
Ainda participam do projeto o vice-coordenador Prof. Dr. Leonardo Cândido Rolim, que está à frente do projeto com jornais por meio de patrocínio da CAERN, e o Prof. Dr. Francisco Linhares, um dos organizadores do grupo de pesquisa.
Ambos são especialistas em pesquisas em jornais e documentação criminal.