Em visita a Mossoró, Haddad não descarta novas alianças do PT com o Centrão

Zenaide, Haddad e Fátima Bezerra durante coletiva
Em coletiva concedida na manhã de hoje (24), o candidato à vice-presidência da República, Fernando Haddad (PT), deixou claro que seu partido continua aberto aos políticos de centro e até de direita (desde que atendam algumas condições) - e que evita falar do assunto.

Haddad foi questionado por este Blog sobre o que esperar das articulações políticas do partido caso volte à Presidência da República, já que nos mandatos do PT, foi aberto grande espaço para o MDB e o chamado Centrão, encolhendo os espaços de outras correntes da esquerda.

Sem citar o espaço que o MDB teve junto aos governos do PT, o candidato garantiu que o toda a centro-esquerda teve espaço, exceto o PSOL que, segundo ele, não quis.

"O mais importante é reconhecer que Lula fez um governo progressista, que atendeu à maioria da população, sobretudo os mais jovens". 

Indo de encontro ao destino político que o país - e a esquerda - tomaram, ele não negou se aliar novamente com o centro. "Para a direita menos espaço, do centro para a esquerda, não. Desde que tenha compromisso com a liberdade, democracia e o combate a desigualdade, está no time do Lula".

Debates e teto de gastos

Após coletiva Haddad seguiu em caminhada
pelo centro de Mossoró (Foto: Vonúvio Praxedes)
Haddad ainda falou sobre a exclusão do partido nos debates, diante da situação do candidato Lula. "A participação de Lula é o nosso primeiro pedido na Justiça. Posso participar também, desde que a Justiça permita".

Sobre projetos, o candidato afirmou que caso o PT volte à Presidência, vai revogar o teto de gastos. "Ele inviabiliza a gestão. A população cresce, envelhece, o crime organizado avança, não faz sentido congelar os gastos", explicou.


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