Eleições 2018: em cenário de incertezas, nomes se articulam para se encaixar na disputa potiguar
Apesar de muitos tentarem desconversar que estejam articulando suas posições para as eleições do ano que vem, é fato que os bastidores já fervem, como em todos os anos.
A diferença dessa vez é a situação de crise política em que se encontra o país e o Rio Grande do Norte.
E esse é um motivo a mais para se estudar bem o cenário antes de definir possíveis novos partidos, coligações e finalmente a participação na disputa.
Até agora, é missão quase impossível definir como será o cenário no próximo ano. Muita gente pode sair do jogo, seja por falta de capital financeiro, seja por desgaste - causado por envolvimento em corrupção ou mesmo por uma gestão desastrosa. Apesar das dúvidas, alguns nomes continuam se apresentando à disputa.
O governador Robinson Faria, tido como candidato natural, diz aos quatro cantos que não pensa em política eleitoral no momento, mas nos bastidores tem feito o que costuma fazer melhor: articulação política.
Pelo desgaste, é um dos nomes que não deixa certeza quanto à sua participação na disputa. A primeira-dama, Juliane Faria, é ventilado - e trabalhado - como plano B, caso Robinson não se recupere da rejeição popular. Mesmo assim, com a máquina nas mãos, o provável candidato ainda tem uma vantagem.
A senadora Fátima Bezerra é outra que se apresenta, e já é tida como certa dentro do PT. Bem avaliada no estado, Fátima tem a seu favor os feitos pela Educação no RN enquanto deputada federal - cargo que exerceu entre 2003 e 2014. A citação do seu nome na delação da JBS e a crise estrutural do PT no país podem contar contra, afetando sua imagem.
A prisão do ex-ministro Henrique Alves torna nebuloso o cenário para o grupo dos Alves. Preso, um dos caciques do PMDB no país, e líder do partido no Estado, desestrutura as condições de alçar uma candidatura no partido. Soma-se a isso o desgaste do prefeito de Natal em sua gestão, Carlos Eduardo Alves, nome que vinha sendo trabalhado pelo grupo.
O PSDB também trabalha para ter nome próprio nas próximas eleições. Inicialmente apresentando o empresário mossoroense Tião Couto, o partido tucano pode optar pelo também empresário Marcelo Alecrim.
Tião, por sua vez, estuda mudança de partido caso seu projeto de se alçar ao Executivo estadual não receba o aval do PSDB. Ele já viaja pelo Estado em pré-campanha e pode rumar para o PROS ou Solidariedade.
Já a recém chegada ao mundo político, Cloriza Linhares, vereadora em Grossos, diz que tem currículo e competência para trabalhar "os valores familiares do seu partido", o PSDC, durante a campanha. Partido e projetos "micro", ela também já vem trabalhando o sonho de crescer até 2018.